11 de setembro de 2018

Todo mundo tem sua utopia... e é que nem cu. Sempre fede!

Olá amiguinhos e amiguinhas! Hora de voltar a escrever as merdas que passam por essa difusa e cacofônica mente perturbada, bebum e amante do bom silêncio!

E já que estamos em clima eleitoral, nada melhor que falar de política... mas não aquela política pensada, filosofal, ideológica. É a política do 'eu quero', vinda do âmago, odiosa porém esperançosa, cheia de senso comum com pitadas de bom senso. Contradição é a palavra da vez, e eu também quero...

Antes de ler, fica um disclaimer.
Toda opinião aqui contida é um devaneio filosófico do que seria o meu mundo ideal. Deixarei pra uma próxima as análises factuais e de possível aplicação.

Então sem mais delongas:

AS OPINIÕES POLÍTICAS DE UM VELHO BABÃO:

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Primeiramente preciso definir o modo com que observo a sociedade. Em primeiro lugar sou um burocrata, um institucionalizador nato. A eficiência do Estado está acima de todas as coisas. A eficiência é amoral, e não há certos e errados que superem a busca pela completa e total eficiência das instituições. Sendo assim, sou a favor do estado grande, da alta carga tributária e da divisão de recursos feita de maneira a minimizar impacto no caixa nacional.

Para isso é preciso em primeiro lugar que o Brasil tome uma posição de longo prazo única, independente das diversas forças políticas. Devem-se fixar diretrizes de conduta estatal democraticamente, para que sejam seguidas de maneira autoritária.

Vamos a um exemplo... população de rua:

O que é importante para o povo brasileiro? O respeito às liberdades individuais (até mesmo daqueles que escolhem viver na rua) ou a erradicação da pobreza? Uma vez definidos, podemos escolher maneiras de ação. Podemos optar por redes de solidariedade, onde todos sejam responsáveis por todos, ou equipar os espaços públicos com diversos espaços de higiene, alimentação e dormitórios gratuitos para o uso daquele que bem desejar. Ou, ainda, podemos recolher as populações de rua e realocá-las para grandes espaços onde estas são ofertadas todas as necessidades básicas, retirando a força das vias públicas aqueles que não optarem por tal alternativa. 

Independente da opção tomada, uma vez a diretriz firmada, ela se torna estática e inalterável, e todas as políticas públicas relativas ao tema devem ter em mente a manutenção firme e forte do sistema escolhido como nação. Nada será velado, nada será moral... tudo terá por fim a eficiência de uma nação forte, soberana e que de forma autoritária garante as liberdades que assim desejar para sua população pelo uso do monopólio da força bruta.

Ao mesmo tempo, deve-se levar em consideração o mundo moderno e o capitalismo. Ao invés de reverter a máquina e lutar contra o sistema de produção vigente, utilizar dele para criar uma ilusão de felicidade na população, incentivando a produção e controlando com pulso firme o capital financeiro. E para defender isso, um forte aparato militar.

Ou seja, a diretiva primária seguiria sendo a Ordem e Progresso da bandeira (mesmo que sendo uma alusão aos pensamentos positivistas), enquanto todo jovem serve o exército dos 18 aos 20 anos, seja homem ou mulher, e sai já encaminhado para a vida universitária. 

Sim, apenas quem serviu seria "maior de idade". Sim, apenas quem serviu entraria na universidade. Assim se garante que ninguém foge do sistema, e que teríamos uma população muito bem preparada para eventuais ataques externos ao solo do país. E também se colocaria um pensamento nacionalista nas pessoas, para assim garantir que cada um se visse em dívida com a nação.

Uma vez isso estabelecido, teríamos a reforma tributária. 40% de imposto em cima de toda a renda, seja ela salarial ou em cima do lucro empresarial. Um valor único que viria diretamente da renda, e não do consumo. As exceções seriam IPVA, IPTU, produtos entorpecentes e armas de fogo. Mas não haveria restrição alguma de consumo de nada. Produtos do mercado externo entrariam com uma taxa única de 20%. Simplificação total das cobranças, e o dever do estado muito bem claro.

Exército; segurança pública (polícia unificada e setorizada conforme necessidades); água, luz e internet gratuitos; educação (creche a ensino superior); saúde (SUS); moradia; transporte (ferroviário, rodoviário, ônibus gratuitos); fiscalização;

Essas seriam as atribuições do estado. Nenhuma a mais, nenhuma a menos... claro que adicionando as atribuições de governo (executivo, legislativo e judiciário).

Mas as três atribuições de governo também mudariam. O executivo seria uma oligarquia composta de profissionais assalariados, formados e especializados para a carreira de administração pública. O legislativo seria substituído por um sistema integrado de plebiscito. E o judiciário não teria poderes absolutos, mas sim teria um foco distrital na resolução de problemas locais, com órgãos regionais regulatórios que teriam uma hierarquia quase empresarial, em busca sempre da eficiência. Seria retirada da lei a ideia de "vitalício".

Leis trabalhistas também seriam alteradas. Os bancos públicos teriam monopólio das contas-salário e contas-empresa, e toda a renda verificável e tributada dentro desse salário mínimo. Nos valores de hoje, o salário LÍQUIDO mínimo seria de 1000 reais, reduzida tributação de 40%. R$ 1667,00 Bruto.

Os contratos empregatícios teriam um máximo de 8 horas diárias, 5 dias por semana. As empresas e contratados poderiam acordar qualquer tempo abaixo disso sem problema, mas JAMAIS a mais. E sempre respeitando a regra do salário mínimo.

Além disso (mas claro que não só) o registro individual de cada cidadão seria reduzido a um único número que o seguiria desde a conta bancária até a ida ao médico, e seus dados todos constariam em cadastro único e individual em posse do estado. Resumindo, a liberdade existe mas é concedida. Qualquer passo ou transição é rastreável para o fim de garantir a eficiência e a não transgressão do sistema.

Na parte legal, não existiriam penas mínimas e máximas, idades ou fiança. Todo crime tem sentença única e irrevogável. Uma justiça imoral e inflexível. Indígenas não estariam separados, e teriam as mesmas regras, direitos e deveres dos demais.

Não há demarcação de terra, mas também não se permite terra improdutiva ou espaço urbano sem uso. Para os defensores dos alugueis sociais, seria um paraíso.

Ah, e eu apoio a renda minima de cidadania estilo escandinavo.

Em suma... um Brasil forte e independente do estrangeiro para os brasileiros, que garanta as necessidades básicas, seja inflexível em suas regras, siga um projeto de nação único pré-estabelecido e que dê espaço o suficiente para que se mantenha a ilusão de liberdade individual.

Uma utopia autoritária? Sim... é o que eu quero.

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Cada BR com seu HUE!
Mas já que jamais teremos isso, no próximo post falo de como eu observo a conjuntura real, existente, histórica e aplicável.

Mas claro que antes de falar disso, tenho que expor o meu ideal né? HU3HU3HU3HU3